Eu já não consigo ver minha face,
Já não consigo me olhar no espelho...
Já não consigo sentir que estou viva...
Parece que o tempo me decompoe depressa,
Mas depressa que o normal...
Já não sinto minhas mãos, meus pés, meu coração...
A dor é tão intensa, tão profunda, tão triste...
Tão insana... da vontade de gritar para o mundo
que esta dor é minha, e de mais ninguém...
Doi, doi muito... é quase insuportável,
Mas com o tempo a gente aprende a conviver,
A viver, a entender... a esquecer!
(Rayssa Goulart)