sábado, 9 de abril de 2011


“As vezes me sinto como se estivesse num enorme vazio,
Estou num abismo perto de cair,
Peço socorro!
Estou só, como sempre só!”

                   (Getita Von Nckermann)

Olhos Negros


Olhos Negros

Seus olhos negros são duas perolas brilhantes.
Quando me fitam roubam minha essência,
Nesse olhar, me desfaço em instantes.

Minh’ alma se aflige, meu corpo te quer,
Ruborizada, mergulho na minha timidez,
Quando de mim se aproximas, inibis o meu querer.

E tentando superar meus desejos incontidos
Recolho-me então, em meu leito caio sem sentidos.

                                                          (Diná Fernandes)

Talvez


Talvez

Talvez quando você precisar de mim,
Eu já tenha perdido a vontade de te ajudar.
Quem sabe quando você lembrar que eu existo,
Eu já tenha esquecido você!

E se por acaso um dia você quiser me amar...
Talvez eu tenha transformado este amor em amizade.
Talvez quando você perceber que realmente tem que mudar,
Eu já não ligue mais para sua mudança.

Talvez quando sentir minha falta,
Eu já tenha outro alguém
Que me quer tanto quanto eu te quero.
Depois de tudo isso...

Você pode perceber que é tarde demais.
Para tentar mudar as coisas
Que se passaram...

                                                              (Rayssa Goulart)

Olhos



Olhos

Eu tento fugir de seus olhos,
Seus olhos tão desejados
Faz-me perder em teus lábios.
Irradiam o desejo tão profundo da carne.

Me desperta o desejo
Tão quão solene...
Refugia-me para um lugar não tão honroso,
Em que não me deixa descansar.

Teu corpo com todo charme
Desfila sobre minha carne,
E me deixa muitas vezes sem reação,
Sem raciocínios.


Você fixa seu olhar no meu,
E às vezes me acorrenta me sufoca...
E eu sem saber,
Mas uma vez me perco num horizonte

Que me leva a um labirinto sem saída,
Que me faz a cada segundo perder o único suspiro que me resta.
E me faz descansar em um mar de rosas negras,
Em uma solidão sem fim.
                                                           (Rayssa Goulart)